O Renault 5 Alpine nasceu
do desejo de dotar a gama Renault de um carro desportivo mas
simultâneamente capaz de ser usado com prazer em estrada. Um carro
para dar continuídade à mítica "Gordini", tão bem representada pelo
Renault 8 e que o Renault 12 nunca foi capaz de alcançar. Porquê
então mudar de nome para "Alpine" em vez de manter o "Gordini"?
Muito provavelmente como tributo aos seus criadores, já que este
carro foi praticamente desenvolvido pela Alpine, uma empresa
independente (embora com fortes ligações à Renault). Aliás, este
modelo foi comercializado em Inglaterra sob a sigla "Gordini". Isto
porque a designação "Alpine" já se encontrava registada naquele país
pela Chrysler/Rootes, um construtor britânico.
Nasce então, em Março de 1976, o Renault 5 Alpine. Um carro com um
visual quase anónimo, já que apenas alguns pormenores o distinguem
dos restantes modelos da gama, mas com uma mecânica profundamente
alterada e capaz de lhe dar as características tão desejadas pelos
amantes da condução mais desportiva.
Visualmente o carro apenas se distingue pela aplicação na pintura de
uns logotipos específicos, por uns farois adicionais, por umas
jantes de modelo exclusivo e por um interior um pouco mais
sofisticado onde sobressaem uns bancos tipo "baquet". Foi
comercializado em cinco cores: Preto ou Cinzento metalizado com
bandas laterais decorativas em vermelho, Azul Alpine metalizado com
decorações em prateado e ainda em Vermelho vivo ou Verde jardim com
decorações em preto. Ao longo da sua vida comercial o R5 Alpine
sofreu poucas alterações. Em 1978 recebeu umas jantes, famosas pelo
seu "design" maciço e com apenas três pequenas fendas (lembrando uma
bobine de fita magnética usada nos gravadores de som da época), que
também foram usadas no Alpine A310 V6. Em Julho de 1978 o relógio no
painel de bordo mudou de analógico para digital. Em 1980 o interior
sofre alguns melhoramentos donde se destaca a possibilidade de
rebatimento separado dos bancos traseiros. Já no final da sua
produção, em 1981, recebe um carburador Weber 32 DIR 97 de duplo
corpo.
Mecânicamente o Renault 5 Alpine usa um motor derivado do R5 TS com
a clilindrada aumentada para 1397 cm3, acoplado a uma caixa de 5
velocidades proveniente do Renault 16 TX. Este conjunto debita uma
potência de 93 cv capaz de fazer chegar o R5 Alpine aos 170 Km/h com
acelerações muito boas. Os 1000 m de arranque são atingidos em 32,5
seg.
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Deste modelo foram fabricados 55942 exemplares.
O lançamento deste R5 Alpine foi um caso de sucesso imediato. De tal
maneira que a breve trecho foi desenvolvida uma versão de competição
sendo a sua variante "Grupo 2" homologada logo em Agosto de 1976.
Esta versão de competição desenvolvia 137 Cv DIN com uma velocidade
de ponta de 186 Km/h e os 1000 m de arranque em 30,2 seg. Desta
versão de competição foram fabricados 674 exemplares.
Foi com um destes carros que Frequelin e Ragnotti conseguiram os 2º
e 3º lugares do rallie de Monte-Carlo no ano de 1978. Ao seu
volante, a mesma dupla participou no campeonato de França e em
diversas provas do campeonato do mundo de rallyes.
É também em 1978 que a Renault lança uma edição especial do R5,
denominada R5 Monte Carlo, com uma pintura característica em amarelo
e vermelho, destinada a comemorar os resultados obtidos por Ragnotti
e Frequelin nos Rallyes, ao volante dos Renault 5 Alpine.
Em Setembro de 1981 termina a carreira do Renault 5 Alpine atmosférico que foi substituído a partir de 1982 pelo Renault 5 Alpine Turbo.
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